Vanilton Santos

sábado, 14 de agosto de 2010

Memórias

Um garotinho inocente e sonhador,
O que serei quando crescer...
O que terei quando crescer...
Imaginava uma vida totalmente bela por todos os lados.
Não vou pedir permissão a meus pais!
Vou fazer tudo que tiver vontade!
Vou trabalhar para comprar o que eu quiser,
Pois serei livre igual um pássaro voando pelo céu.

Vida simples, livre no campo
Podia sentir o cheiro das árvores,
Ouvir os pássaros cantar todos os fins de tarde.
Tomava banho de chuva e brincava nas águas que escorriam pelo chão.
Tomava banho de rio todos os dias.

Vivia no paraíso e não sabia.
Não precisava de nada alem brincar e correr para casa quando sentia fome ou sede.
Vida simples, mas com muitas coisas boas que o dinheiro não compra.
Lembro dos carrinhos de lata que tínhamos o prazer de fabricar.
Com simples ferramentas e pregos velhos,
Quase tudo, encontrávamos um jeito de modificar e fazer algum brinquedo.

Tínhamos nossa própria fabrica de brinquedos.
Tinha liberdade, e tinha saúde.
Podia correr, gritar, pular...
Era tudo simples e divertido.

Hoje, o que era simples é raridade.
O que era divertido... tornou complicado!
O que era sonho... acabou com a realidade.
A liberdade virou prisão, em actividades e compromissos diários.
A liberdade virou prisão, pois não confiamos no próximo.

Vanilton Santos.